Razão ou emoção? Talvez uma das mais antigas lutas da humanidade... o melhor mesmo é tentar equilibrar as duas

quarta-feira, 27 de março de 2013

Não é um adeus, é um até já...

Vais partir novamente... mas desta vez é tudo diferente. Desta vez não ficou nada por dizer... e no entanto, há dúvidas que permanecem e outras novas que se juntam às antigas. Não quero cobrar nada (embora estivesse no direito de o fazer) mas lamento muito que só tenhas mostrado que afinal continuavas a pensar em mim na véspera de ires embora. Terias poupado muito do teu e do meu sofrimento. E não me venhas com desculpas de que "és assim". Se uma pessoa quer muito uma coisa, vai atrás... não fica sentado à espera que ela lhe caia aos pés. Agora sei que, tal como eu, também tu construiste a tua própria carapaça, também tu te quiseste proteger... mas não era preciso magoares-me como me magoaste! Apesar de tudo ter ficado esclarecido, continuo com uma ferida aberta no meu coração, ferida essa que, mesmo já sem precisar de proteção, não permitiu que baixasse a guarda ao teu lado e me manteve atenta e de pé atrás... ferida essa que me leva a questionar se realmente ainda és tu quem eu quero, se ainda é o mesmo amor que era antes. A resposta é não. Não é o mesmo, mas também não é menor, nem maior. É diferente. É um amor ferido, que parece ter agora condições para cicatrizar. Sinto que um ciclo se fechou e que há condições para um novo começo. Gostava que realmente aprendesses com os teus erros e fizesses as coisas de outra maneira... mas sou demasiado realista e negativa para saber que isso não vai acontecer. Ou melhor: podes ter aprendido, podes ter vontade de o fazer, mas não o vais demonstrar... e no entanto, ainda há uma parte em mim, lá muito pequenina e escondida, que acredita na tua capacidade para me surpreender. És de longe tudo aquilo que eu sempre quis e procurei... e tens, simultaneamente, tudo aquilo que eu não quero. Pediste-me para esperar... 4 meses passam depressa, é verdade... mas também muita água corre debaixo da ponte em 4 meses e tu não me dás garantias de nada. Gostava de te poder responder um sim... um sim, seguro e apaixonado... mas não sei se consigo lidar com uma espera em vão. Com a nossa despedida, deste-me uma restiazinha de esperança, uma luzinha muito ténue ao fundo do túnel de que algo poderá mudar quando voltares. No entanto reforço: tu não me dás garantias de nada e esta ferida ainda está demasiado aberta. Temos 4 meses de oportunidades à nossa espera. Temos 4 meses para cicatrizarmos e reconstruirmos a nossa caparaça. Temos 4 meses para vivermos a nossa vida e percebermos o que queremos fazer. Por muitos sentimentos contraditórios que esta frase suscite, a verdade é que, por enquanto, isto não é um adeus... é, sem dúvida, um até já...


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